sábado, 6 de março de 2010

Queria em minhas mãos um sintetizador, mas síntese é capacidade que não tenho, ainda mais quando o percurso segue de prumo em rumo ao sentimento. Que não tinha tempo e era o medo - havia incompatibilidade ou eu não fazia bom uso das ferramentas.
O trabalho foi selado dia-a-dia repetida e insistentemente. Dormi chorosa. Acordei alegre. É que nada era movido a tempo embora houvesse hora para prosear com os amigos e instante exato para se exercitar. O meu engano era tentar pegar na mão o desembaraço como se criatividade pudesse ser transferida. Concluo que seja estimulada e que o estímulo aproveita-se tanto melhor a dois, de criatura para criador e vice-versa. Numa referência a Frankenstein, de Mary Shelley, digo que Stufana podia me destruir, também me libertar. Enfim... Optamos por uma cidade reticente, considerando que o ciclo de uma obra não prescinde do seu espectador (ao menos para os estudos do melodrama). Stufana é a possibilidade, o risco. Um amor em suspenso. Sou-lhe entregue. Seja.
Samantha Queiroz (Marana)

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