domingo, 28 de março de 2010

Trailer #2

Assista agora o segundo trailer de Stufana. Novas imagens e diálogos mostram um pouco mais sobre as tramas e seus personagens. Para assistir em melhor qualidade, acesse a versão do YouTube clicando aqui.

sábado, 27 de março de 2010

Amanhã tem novo trailer

O segundo trailer de Stufana, destacando o lançamento na internet, irá ao ar amanhã às 21h. Assim como o anterior, poderá ser visto aqui em baixa resolução ou no YouTube com imagem melhor. Neste novo trailer, que mantém estrutura semelhante ao primeiro, só imagens e cenas inéditas. Stufana estréia aqui mesmo no domingo de Páscoa, 4 de abril, às 21h.

terça-feira, 23 de março de 2010

Lançamento

Seguem imagens da concorrida exibição de lançamento de Stufana em 22/03. Presença maciça de amigos da classe teatral e de público atraído pela proposta, além da oportunidade de rever ex-participantes dos grupos de estudo. A sessão correu tranquila e sem qualquer problema técnico. No final, enquanto o público comentava os episódios e preenchia os questionários, a ansiedade dos integrantes da produção - muitos não tinham visto nada do material editado - foi substituida por expressões de alívio, afinal, para a maioria dos participantes dos grupos de estudos, era a primeira vez que se deparavam com o resultado de um trabalho deles feito para video.











domingo, 14 de março de 2010

Trailer

Assista agora o trailer de Stufana clicando na tela abaixo. Se preferir, você também poderá vê-lo em melhor qualidade no YouTube clicando aqui.

sábado, 6 de março de 2010

Os atores

Conheça a seguir os participantes do Grupo de Estudos do Trabalho do Ator (GETA) da Fundação Joaquim Nabuco (Projeto TelaTeatro - DIC/MMP/CODIR), que interpretam os personagens centrais dos episódios de Stufana. Cada um deles comenta suas impressões sobre a experiência vivida no exercício de construção dessa minissérie.
Antes de tudo gostaria de salientar que espaços como o GETA (Grupo de Estudos do Trabalho do Ator) e o GED (Grupo de Estudos de Dramaturgia) são de extrema importância para todos nós, artistas, que buscamos uma formação continuada na nossa cidade. Atores e dramaturgos que precisam constantemente de estímulo para seu ofício criativo encontram na ‘sala azul’, local dos encontros, um ambiente lúdico e provocativo para o seu amadurecimento profissional. Trabalhar com a linguagem do vídeo foi um grande desafio, pois passei a confrontar meus medos desde então. Buscar lá no íntimo as razões, lembranças e sentimentos que atuam em mim e provocam certas barreiras, foi superar aos poucos os limites que imponho a mim mesma. Com ‘Vida’ aprendi a trabalhar com a tensão, identificar o que é meu e o que é da personagem, assim como manter a intenção de cada palavra, cada diálogo. Enfim, foi um momento único e prazeroso que vale a pena conferir. Ana Carolina Miranda

(Vida)
Esse projeto já mexia comigo estando aí, presente todos os dias, brincando de criar. Hoje, vejo que continuou mexendo, mesmo estando um pouquinho longe... mesmo estando do outro lado do oceano atlântico, é fácil ver o que realmente importa. Essa criação veio de dentro de mim. Veio sutilmente... me recriei, pra ser sincera! Grata sempre! Ana Dulce Pacheco (Avento)
Participar de um grupo, seja ele qual for, é sempre uma experiência enriquecedora. Não é fácil. São pessoas, cada uma com o seu universo, em busca de um objetivo comum. Quando o tema é arte, o que é o nosso caso, está envolvida a sensibilidade. Já tive algumas experiêcias e sei que não é fácil. No processo de Stufana, o que mais me comove e alegra é saber que estamos sempre apoiando os colegas, seja em questão de horário, de dúvidas, de medos, de comemorações, enfim, sinto uma união que é rara. Acredito que a coluna que sustenta o nosso processo é a simplicidade com que encaramos os fatos. Essa experiência eu vou levar comigo como lema para qualquer trabalho. Seriedade e simplicidade. Sem tempestades em copo d’água. A troca de experiências com atores novos, com a visão sábia da coordenação, nos momentos que tivemos público, nas análises do que já produzimos, na expectativa do que está sendo feito e ainda imaginado, tudo isso é de uma imensidão fantástica e não assusta pelo simples fato de estarmos exercitando o amor, estarmos exercitando a confiança e o respeito. Estamos sonhando juntos. Preciso continuar, pois tanta coisa já feita significa apenas o começo desse promissor caminhar. Eduardo Japiassu (Khassim)
Sinto-me uma afortunada. Sem dúvida, essa convivência e troca com pessoas tão admiradas por mim, me fez crescer e tornar-me o que sou hoje. A cada olhar, cada gesto, cada palavra, eu via um mar de possibilidades, um aprendizado. Independente de quem éramos, na sala azul, um grupo se forma e fortalece a cada encontro. Nos tornamos pessoas experimentando e evoluindo juntas. Só tenho a agradecer cada um, a paciência, o companheirismo, o afeto, a troca. O GETA (Grupo de Estudos do Trabalho do Ator) é um presente que só faz somar! Com vocês superei meus medos, realizei desejos, encontrei amigos e iniciei uma fase incrível na minha vida. Aprendi a experimentar, doar-se, ser capaz. Fico muito feliz com todas as nossas conquistas, e Stufana é resultado disso. Estou encantada e muito motivada com esse fruto, uma oportunidade e aprendizado único. Hermínia Mendes (Latika)
Comecei minha vida artística aos doze anos de idade, logo cedo decidi ser hoje o que sou e assim fiz desde sempre o que gostava. Não entendia todo este mundo como trabalho, entendia que era a melhor forma de me manifestar, me conhecer e permitir com que as outras pessoas me conhecessem. Aos poucos fui crescendo e vendo que era trabalho sim e muito sofrido, a dança me mostrou logo cedo que talento não era nada suficiente, o que levava um artista a ser reconhecido, era o seu conhecimento e sua competência para exercer o trabalho. E aquele sentimento de ser artista quando criança mudou, não era mais brincadeira, era de verdade, compromissos em uma agenda caótica, ensaios, uma labuta diária onde o prazer começou a ser quase doloroso. Entrei no GETA (Grupo de Estudos do Trabalho do Ator) e logo no primeiro encontro me senti menina, aquela que sonhava em ser artista e que só queria se expressar, conhecer e ser reconhecida quanto ser humano que é e principalmente quanto artista, no sentido mais forte que pode existir da palavra. Parece que entrei em um universo paralelo, onde sinto o gostinho do prazer simplesmente pelo prazer em ser e estar artista. Cano de escape? Que seja, o GETA, me possibilitou andar nas nuvens como há muito tempo não andava, me fez voltar a sentir ansiedade para chegar uma nova segunda-feira, me fez ser A JANA que estava faltando ser, aquilo que desejava ser na minha infância. Arrisco, sinto medo, choro, dou gargalhada, me irrito, me permito ser só Janaina, jana, janinha. A experiência de ter criado personagem, tê-lo dividido com pessoas que se tornaram hoje tão especiais, me deixa com a impressão de que chamei alguém para brincar e este alguém me fez conhecer a melhor brincadeira do mundo e para se curtir esta festa se faz necessário o uso de uma imensa responsabilidade, coisa que estou agora aprendendo a ser, minha criança está me ensinando e hoje repenso em tudo que faço e questiono: será que me dá prazer? Respostas aparecem como pássaros cantadores que cantam esperando que eu voe e que não tenha medo de sair do ninho. Ser feliz se faz necessário e eu tenho medo. Obrigada ao maestro desta orquestra de pássaros lindos que cantam pra mim.... Felipe.... E aos cantadores mais lindos que já ouvi e vi na vida (ao GETA). Janaína Gomes (Ávana)
Participar dos trabalhos desenvolvidos no nosso grupo estudos é algo que me enche de orgulho, sou muito grata pelo que vivi e aprendi na nossa sala azul com pessoas tão especiais, dedicadas e companheiras, tudo que nos vivemos foi e está sendo um grande exercício pra mim como atriz e como ser humano. Não esqueço da magia e da leveza dos nossos encontros nas segundas-feiras e de como aquilo reverberava a semana inteira em mim. Stufana surgiu de um exercício que aos poucos foi crescendo e ganhando vida, quando vimos estávamos todos envolvidos com aquele universo tão encantador e colocando tudo aquilo em prática, trabalhar com a linguagem do áudio visual ainda é algo muito novo pra mim e posso até confessar que tive dificuldade de lidar com "os resultados" inicias, mas com o tempo e com a entrega ao ofício fui ficando mais confortável e confiante. De coração muito por tudo. Regina Medeiros (Céu)
Queria em minhas mãos um sintetizador, mas síntese é capacidade que não tenho, ainda mais quando o percurso segue de prumo em rumo ao sentimento. Que não tinha tempo e era o medo - havia incompatibilidade ou eu não fazia bom uso das ferramentas.
O trabalho foi selado dia-a-dia repetida e insistentemente. Dormi chorosa. Acordei alegre. É que nada era movido a tempo embora houvesse hora para prosear com os amigos e instante exato para se exercitar. O meu engano era tentar pegar na mão o desembaraço como se criatividade pudesse ser transferida. Concluo que seja estimulada e que o estímulo aproveita-se tanto melhor a dois, de criatura para criador e vice-versa. Numa referência a Frankenstein, de Mary Shelley, digo que Stufana podia me destruir, também me libertar. Enfim... Optamos por uma cidade reticente, considerando que o ciclo de uma obra não prescinde do seu espectador (ao menos para os estudos do melodrama). Stufana é a possibilidade, o risco. Um amor em suspenso. Sou-lhe entregue. Seja.
Samantha Queiroz (Marana)
Mesmo com a distância física do Grupo de Estudos, fazer parte desse projeto me proporciona muito prazer. E nada melhor do que trabalhar com prazer, nada melhor do que fazer parte de algo que acreditamos. A experiência de me manter conectada com a criação, já que o processo dependia de todos semana a semana, dia após dia, me fez mais responsável com ‘OS PRODUTOS FINAIS’. Quando penso no GE e em Stufana consigo ver inúmeros resultados em mim, esses ‘PRODUTOS’ vão além de de onde os olhos alcançam. Minha maturidade como atriz, como criadora e como artista se devem ao fato de finalmente viver um processo colaborativo, onde o o grupo desevolveu um carinho e uma generosidade que penso ser fundamental. ‘Abandonei’ o processo para morar um ano em outra cidade. São escolhas: ficar ou ir. Eu fui. E me afastar desse processo que os GEs estavam (e estão) vivendo foi (e é) doloroso. O exercício com esse grupo tem sido um mundo de descobertas, generosidade e acima de tudo o contato constante com o TEATRO: a coisa mais apaixonante pra mim. Gravar nossa (eu e Dulce, minha companheira do palco da vida) participação à distância foi mais uma exeperiência que só o GE seria capaz de proporcionar. Delegar a nós essa responsabilidade, foi também um ato de generosidade e afeto. GENEROSIDADE e AFETO palavras sem as quais não seria possível fazer arte. Pelo menos a arte na qual acredito. Sofia Abreu (Ava)
Fluxo. A experiência de participar do GETA (Grupo de Estudos do Trabalho do Ator) é algo de uma força imensa de crescimento e constante criação. Descobertas. Partimos do princípio da busca ao essencial, do retorno as coisas mesmas, da simplicidade. O que de mais íntimo abriga cada ser em seu universo sentimental e artístico. O prazer de estar em contato com tantas energias em sintonia, intimamante, holisticamente, aprendendo, trocando. O prazer de criar, de compartilhar. Ao entrar no nosso mundo azul, um incrível paralelo de descobertas estava pronto para aflorar, e nós prontos para jogar com ele. Todo o processo que vivenciamos foi mágico e completo em si... as viagens, as pessoas que conhecemos, os sorrisos que se abriram, as lágrimas... os abraços. O conforto. Eternamente grata por tudo, sempre. Thaianne Cavalcanti (Minussi)

Os autores

Conheça a seguir os autores dos episódios de Stufana, além de outros participantes do Grupo de Estudos de Dramaturgia (GED) que estiveram presentes em momentos do processo de criação. Cada um deles comenta as marcas deixadas pela experiência do exercício de construção dessa minissérie.
Tenho uma agonia se balançando aqui dentro. Ela se remexe, tem horror a palavra ‘piegas’. É realmente uma palavra feia de dar pena. Mas existe outra palavra, que é divertida de falar e é bem bonita. 'Pos-si-bi-li-da-de’. E Stufana desde o início traduz-se assim para mim. É estar passeando calmamente pelo universo, olhando para todos os caminhos que as estrelas propõem, podendo ir ao encontro de todos eles. São passagens livres. E felizes. Escrever para Stufana é passar dias com amigos na melhor aventura que se poderia desejar. Para os habitantes de lá, é a história de quando espécimes da humanidade decidem aventurar-se rumo às outras possibilidades de existência. E é dessa forma que ela é para mim também. Amanda Virgínia Torres (Episódio V - Latika e Khassim)
Pisar em território desconhecido desperta angústia ou desejo de descoberta. Escolhi a segunda opção, por excelência. Escrever para Stufana me abriu possibilidades de embarcar no mundaréu de facetas que é a mente humana e a crescer como homem e artista. Cleyton Cabral (Episódio III - Marana e Cora)
Os ingredientes básicos para um bom trabalho artístico são: dois copos e meio de amor e dedicação; dois copos e meio de muito profissionalismo; um copo de verdade; quatro colheres de simplicidade e outras tantas de criatividade. Substâncias essenciais para elaborar o grande caldo que foi o processo de Stufana. Para preparar basta só ter muita coragem, ousadia e força para encarar os desafios propostos pelo imenso trabalho. É criar, recriar, criticar, fazer, desfazer, refazer, ser. O verbo “ser” em Stufana é um “ser” múltiplo... É Ser ator, Ser roteirista, Ser assistente de direção e produção, Ser artista enfim SER HUMANO. Diego Albuck (Episódio II - Ávana e Céu)
Acompanhar o processo de criação de Stufana me fez amadurecer como artista, pois os canais de criação eram estimulados de forma consciente, delicada e, o melhor, respeitando as limitações de cada participante. Observando os grupos envolvidos, ficava patente o aprendizado por meio da vivência de diversos sentimentos como: a entrega, a generosidade, o doar-se, a paixão, a verdade, etc. Participar das gravações de Stufana como mãe e acompanhante de duas pequenas crianças que se propuseram a participar das gravações como atrizes foi uma das experiências mais gratificantes que tive, pois naquele momento via o sonho do GED e do GETA tomando forma por meio de dois lindos anjos: Maria Luísa Aguiar e Anais Coelho (filhas do nosso teatro). Edivane Bactista
Aprendi a não ter limites, a fazer sempre o melhor e não me conformar com a primeira ideia. Trabalhar e retrabalhar. Ter paciência comigo e saber lidar com o meu processo criativo. Buscar fontes, inspiração, apoio. Compartilhar com os parceiros os detalhes. Dar e receber. Confiar neles o suficiente para dizer e ouvir as opiniões mais sinceras. Principalmente, aprendi a confiar no poder da criação conjunta. Elton Rodrigues (Episódio IV - Minussi e Vida)
Stufana foi a chave de um mundo paralelo, Um mundo pintado e rodeado com um azul contagiante, Concebido pela capacidade de imaginar. E sem medo de estar falando uma asneira eu informo: STUFANA EXISTE SIM! E para aqueles que ainda não conhecer eu digo: É UM LUGAR MARAVILHOSO... PODEM ENTRAR! Sendo ela na primeira, segunda, terceira, quarta ou oitava dimensão, Um lugar onde desde a sua origem a palavra COMUNGAR ganhou a sua verdadeira forma, Onde o escuro não está vazio, Onde a folha em branco está cheia de palavras, E os homens estão cheios de vida... Stufana. Eu vou pra lá! Giordano Castro (Episódio IV - Minussi e Vida)
Interessante observar a trajetória de Stufana: o que poderia se passar despercebido dentro de um brainstorm, evolui e termina se tornando parte de tantas vidas. A criação desse universo me traz muito aprendizado e crescimento – tanto na coragem para enfrentar o processo de criação em grupo como na temática que desenvolvemos sem ressoar clichês e estereótipos. Evoluir criticamente e refinar a criação tornam-se essenciais para todos os dramaturgos e atores diante da necessidade de acompanhar os sentimentos que fluem inconscientemente dentro do processo. Cresço diariamente como criador, sim, mas, principalmente, como ser humano que pensa, sente e tem algo a dizer, mas que precisa elaborar, desfazer e reconstruir sua expressão enquanto a realiza perante esse público que todos somos.
Márcio M. Andrade (Episódio III - Marana e Cora)
Participar do GED (Grupo de Estudos de Dramaturgia) foi vivenciar o potencial da criação coletiva que o ser humano tem, foi descobrir a capacidade individual que nós temos para contribuir para o todo. Esse processo de criação coletiva se contrapõe a experiência do escritor que exorciza solitário os seus personagens. Ao expor nossa criação e criaturas, nossos sentimentos, medos e preconceitos diante do grupo percebemos que precisamos de humildade para construir, destruir e reconstruir algo positivo e duradouro. Maria Pessoa
Poxa, como é difícil falar de sentimentos. No início, uma idéia. E depois, vê-la crescer, ganhar forma e se tornar num trabalho bacana. Isso não acontece sempre em nossas vidas. STUFANA simboliza isso. Tudo que foi vivido nesse trabalho: o processo de construção, as trocas, os vínculos de amizade. Ver um grupo de dramaturgos e atores juntos na criação de histórias de uma imaginada Cidade de Cristal. Esta, com objetivos nobres para problemas sociais quase considerados sem solução. Ver essa idéia, que parecia ser tão longe de nossa realidade, ganhar matéria é indescritível. Só vivendo, participando e sentindo que se pode entender todo o encanto dessa experiência. Onézia Lima (Episódio IV - Minussi e Vida)
O processo de criação coletiva é muito prazeroso, mas também posso dizer que não é fácil. Aprender a ceder... Aprender a criar dentro de conceitos preestabelecidos, dividir ideias, tudo isso às vezes pode ser difícil quando você não se liberta do egoísmo do criador. Dentro desse processo passei por momentos difíceis, por não ter total liberdade de criação, por ter que dar sequência a uma história que não era só minha, foi muito desafiante ter de superar os bloqueios de criação.
Tudo começa a fazer sentido quando aquela ideia que não surgiu, chega por meio de outro autor e o quebra-cabeça começa a ser revelado. Participar da criação dos companheiros também é especial, quando você descobre que a obra é uma só, que os espectadores vão consumir um produto único, que não saberão quem escreveu aquela frase... ou inseriu aquela cena que deu um frio na barriga... ou fez o coração bater mais forte.
Ruy Aguiar (Episódio II - Céu e Ávana)

Colaboradora

A arte-educadora e bonequeira Kyara Muniz acompanhou de perto toda a trajetória dos GEs, presencial e afetivamente. Aqui ela também registra suas impressões sobre o processo de criação e realização da minissérie "Stufana".
Participar deste universo, nos processos de criação da sala azul, foi uma experiência recheada de aprendizados que vão além do profissional. Mexe com a criatividade, “o que sou capaz de criar?”; com a potencialidade, “será que posso fazer isso?”; com as dúvidas e certezas “não tão certas”; com a estética do que faço, o apego ao que preciso abandonar para dar lugar a outras possibilidades, infinitas possibilidades. Kyara Muniz

quarta-feira, 3 de março de 2010

Origens III - Os episódios

Os recém-chegados são todos jovens - o mais velho não chega aos quarenta anos. Nenhum deles jamais conheceu o lado de fora da cúpula de sua cidade. Ainda que submetidos a um misterioso treinamento de dezoito meses, nada poderia prepará-los para a experiência direta com nossa realidade. Esse contato com a sociedade que criamos e os efeitos dessa experiência serão o grande desafio dos nove de Stufana.

Foram criados cinco episódios (desdobrados em nove para a internet) que contam as primeiras histórias dos nove stufanens no mundo exterior (stufanen é como se chama quem nasce ou vive em Stufana). A matriz da criação de cada personagem partiu dos atores, estimulados pelas possibilidades sugeridas pela vida fictícia no interior da também chamada Cidade de Cristal. Cada um deles visualizou e descreveu as suas primeiras impressões sobre aquele ser que iriam interpretar posteriormente. Organizados em duplas, coube aos autores desenvolver os contextos e aventuras dos personagens a partir do material que receberam dos atores. Veja a seguir os títulos dos episódios e suas sinopses, segundo sua versão para internet (a versão que estreará no dia 22 de março no Cinema da Fundação será um compacto com todos os episódios):


Episodios I e II

Onze noves fora (partes 1 e 2)

De: Luiz Felipe Botelho
Com: Ana Carolina Miranda (Vida), Ana Dulce Pacheco (Ava), Eduardo Japiassu (Khassim), Hermínia Mendes (Latika), Janaína Gomes (Ávana), Regina Medeiros (Céu), Samantha Queiroz (Marana), Sofia Abreu (Avento), Thaianne Cavalcanti (Minussi).
Participação das crianças: Anais Coelho e Maria Luisa Aguiar.

Os primeiros contatos com o mundo exterior encantam os stufanens mas também provocam discretas e inesperadas reações.


Episódios III e IV

Ávana e Céu (partes 1 e 2)

De: Diego Albuck e Ruy Aguiar
Com: Janaína Gomes (Ávana, Mirtes), Regina Medeiros (Céu).
Atrizes convidadas: Auxiliadora Nascimento (Salete), Kyara Muniz (Mulher no jipe), Teresa Santos (D. Lila).
Participação de: Euclides Leite

As duas amigas perdem o ônibus e têm que seguir de carona pelo interior do país. Ávana tem sonhos e visões. Céu parece saber muito mais do que diz sobre aqueles acontecimentos.


Episódio V

Marana e Cora

De: Cleyton Cabral e Márcio Andrade
Com: Samantha Queiroz (Marana)
Atores convidados: Diego Albuck (Homem na rua) e Socorro Raposo (Senhoria)

Depois de aparentemente superar a perda do companheiro, Marana chega a uma grande cidade. E os desafios começam com as situações mais simples.


Episódios VI e VII

Minussi e Vida (partes 1 e 2)

De: Elton Rodrigues, Giordano Castro e Onézia Lima
Com: Ana Carolina Miranda (Vida), Thaianne Cavalcanti (Minussi).
Atores convidados: Giordano Castro (Homem no parque), Isolda Barreto (Rose), Mariquinha Santos (Gari).
Participação das crianças: Anais Coelho e Maria Luisa Aguiar

Encantadas com o novo mundo, Minussi e Vida aos poucos vão construindo seu cotidiano como gente comum, mas uma circunstância inesperada põe em xeque a amizade delas.


Episódio VIII e IX

Latika e Khassim (partes 1 e 2)

De: Amanda Virgínia Torres
Com: Ana Dulce Pacheco (Ava), Eduardo Japiassu (Khassim), Hermínia Mendes (Latika) e Sofia Abreu (Avento)
Atores convidados: Hilda Torres (Enfermeira) e Roberto Brandão (Médico).
Participação de: Alcione Espiridião (Enfermeira 2), Amanda Virgínia Torres (Paciente e Visitante 4), Daniel Monteiro (Homem na maca), Diego Albuck (Visitante 3), Elton Rodrigues (Visitante 2), Kyara Muniz (Médica), Miguel Torres (Miguel), Onézia Lima (Visitante 1) e Sheyla (Enfermeira 2).

Khassim é surpreendido por uma situação que coloca Latika como ameaça iminente ao segredo da existência de Stufana.

terça-feira, 2 de março de 2010

Origens II - Detalhes da construção

A minissérie Stufana é um exercício prático sobre o melodrama, desenvolvido pelos dramaturgos e atores dos Grupos de Estudo do TelaTeatro. Seu ponto de partida foi a criação de um universo temático centrado na idéia de uma suposta cidade de cristal, construída no cerrado brasileiro para pesquisar a saída para os problemas do planeta no terceiro milênio. Num trabalho integrado entre autores e intérpretes, tanto as bases da estrutura social dessa comunidade quanto alguns de seus personagens foram criados e desenvolvidos nos encontros semanais, gerando uma trama central - ligada à história dessa cidade fictícia - que se desdobra em múltiplas subtramas - envolvendo os personagens. De outubro de 2009 a fevereiro de 2010 foram escritos, gravados e pré-editados os cinco episódios de Stufana, com a utilização de câmera HD amadora e o apoio técnico da MMP/FUNDAJ. Nessa experiência os autores foram desafiados a trabalhar em conjunto, em torno das referências de um mesmo foco, enquanto que os atores, na maioria sem qualquer prática diante de uma câmera, tiveram que aprender a superar seus receios e, muitas vezes, representar com a lente a poucos centímetros de seus rostos.